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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Desconfiança

01/12/11

Eu estou estragando tudo
Estou acabando com a gente
Nossa confiança está por um fio 
E a tesoura está em minhas mãos
Suas mãos estão nas minhas mãos
Decida você o que farei
Eu não quero te perder 
mas já estou cansada de tentar
E neste momento o tempo é o nosso pior inimigo. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Velho amigo

(27/12/09)

Somos só amigos
Pra que tentar mudar isso
Sei que a sinceridade sempre foi nosso forte
Mas se você guardou isso até agora
Continue assim

Nunca pensei na gente
de uma forma diferente
Amigo, confidente, ombro pra chorar
Me desculpe se dei algum sinal
Que fez você se apaixonar

Todos querem que eu lhe dê uma chance
mas me desculpe, vou ser sincera
Eu gosto de você, mas como amigo
Eu gosto de você, me entende querido
Eu gosto de você, não se sinta ferido

Sempre que precisar
Irei lhe estender a mão
Sempre que precisar
Abrirei o portão
E por toda a vida
Você estará em meu coração
Mas apenas melhores amigos seremos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

E no meio da tempestade você estava lá com o guarda chuva
E no meio do furacão você me estendeu a mão
E no meio da crise você me mostrou a sanidade
Você me ouviu, riu de mim, se desculpou, me levantou

Eu que nunca fui de confiar em ninguém
Hoje sei o valor que isso tem
É incrível dividir o sofrimento
É confortante chorar para alguém além do travesseiro
É muito bom ter alguém em quem confiar
Contar tudo e receber conselhos
Você me ensinou que é apenas uma questão
de saber escolher a pessoa certa.

sábado, 30 de abril de 2011

Garota que sonha

Essa é uma garota que sonha tudo em um instante
Quer céu, estrelas e rosas
O tempo passa, os sonhos ficam
E a certeza aumenta a esperança de um dia ser mulher
Todas as vezes que no espelho aparece 1 susto acontece
Descobre que o que ontem era rosto de menina
Hoje já é rosto de mulher.
Vê potencial e medo
O mundo ainda é um enigma, um baú sem chave
Descobre-se muitas vezes só
Então é melhor fingir
Pensar que o tempo ainda não passou
Ainda é noite e isso é sonho
e amanhã tudo já acabou
Hoje não dá pra brincar de casinha
A VIDA É REAL.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um outro dia

Um outro dia nos encontraremos, você me perguntará se estou bem e o que ando fazendo. Conversaremos sobre o tempo e sobre o trânsito e nada mais pessoal do que isso. Mas na nossa mente voltará as lembranças de um tempo gostoso, lembranças dos nossos abraços e beijos. Ficaremos constrangidos, o amor nos constrange. Perguntaremos ao coração onde foi que erramos, ele nos dirá que foi ao escutarmos a razão. A razão em sua defesa dirá que a culpa foi do coração, pois é lá que são guardados os sentimentos e os ressentimentos. Não sabemos se iria funcionar se ficassemos juntos, eu preferi assim. Não quis esperar para confirmar que não iria.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Você não gosta das mesmas coisas que eu gosto
Suas bandas preferidas estão na minha lista negra
Seu conceito de diversão está bem longe do meu
Já te disse que não gosto de filme de terror
Você vem com aquele papo de que opostos se atraem
De física eu entendo, é você que não compreendo
GOsto de estudar, você de brincar
Você acha que um dia poderia me encantar?
Eu sou chata, eu confesso
E isso não me importa
Me livro de apaixonar por pessoas como você
Não adianta, não dá
Para de me atormentar, seguir, pedir
Não vou te dar uma chance, você consegue me entender?
VOcê é jovem e eu não sou a única
Se apaixone por alguém que goste de você
Eu não sou sem educação
E sim, eu tenho um coração
Apenas não me importa se está depressivo
Não tenho um divã, prozac é para essas coisas
Você já me mostrou ser mais problemático do que eu
De problemas já bastam os meus
Eu tenho projetos e você nunca esteve neles
Não tem espaço pra você no meu livro dos sonhos...

quinta-feira, 17 de março de 2011

Se um dia você voltar

Eu sempre acreditei em tudo que você me disse
Cheguei até acreditar que poderíamos voar
Eu acreditei em tuas palavras
Acreditei em você
Sentávamos a beira do mar
e olhávamos os pássaros a voar
Você sempre me dizia que tudo era possível
Não importava o que eu passasse
Se eu quisesse sempre seria feliz
Posso ver além das montanhas
Posso ver no horizonte
O seu sorriso, seu olhar
Seu ar gentil, sua respiração doce
Posso sentir seu abraço me envolvendo
Me aquecendo, me enlouquecendo
Posso ouvir ainda sua linda voz
Me dizendo confia em mim
Tuas conversas inteligentes que me deixavam sem palavras
O vento me traz lembranças tuas
Sem saber onde está você
Fico aqui no mesmo lugar
Pra que se um dia você voltar
Você possa me encontrar
Só quero que saiba
Que ainda amo você!

Sinto sua falta

A última imagem que persiste em minha mente
Você deitado numa cama de madeira
Sem sinal de vida, de respiração
Fico imaginando como seria bom
Se você ainda estivesse comigo
Eu não sei se podes me ver
Muito menos se podes me ouvir
Mas estou aqui contando
Como sinto sua falta
Gostaria que visse
Naquilo que me tornei
Você se orgulharia, mas
Onde você está agora?
A eternidade é tão distante.

sábado, 12 de março de 2011


Eu me mudo
As pessoas mudam
Eu mudo
Eu me afasto
Não procuro
Tudo muda
Vem saudade
Vem lembrança
Vem mudança...

(Ananda Krishina)

Quincas Borba - Machado de Assis

Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é a condição da sobrevivência da outra, e a destruição não atinge o princípio universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da morte. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir a outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.


(Machado de Assis, Quincas Borba. Cap. VI)